SEPS 709 Conj. F - Ed. Biocenter - Salas 305/306 - Asa Sul
3242-2538 / 3242-4602 / 99311-8290
Ginecologia Endócrina
Implantes Hormonais
Vídeo-Colposcopia
Vídeo- Histeroscopia
Ultrassonografia
Contracepção
DR. CLEUTON FERREIRA SOARES
CONTRACEPÇÃO
Os dispositivos intra-uterinos são dividos em dois grupos: de barreira (DIU T-Cobre) e hormonal. Os dois modelos são bastante seguros e eficazes. É interessante notar que algumas mulheres tem grande receio em fazer uso do DIU, mas usam sem nenhum medo os anticoncepcionais orais (pílula), quando – na realidade – as pílulas apresentam incomparavelmente mais riscos e efeitos colaterais que os DIUs, tanto de cobre quanto hormonal. Vale lembrar que o DIU T-Cobre é um método de barreira e não contém hormônio, ao passo que o DIU hormonal é um sistema liberador de hormônio dentro da cavidade uterina. Mas deve ser ressaltada uma diferença fundamental em relação às pílulas: o DIU hormonal tem ação exclusivamente uterina não fazendo o bloqueio ovariano, isto é, não interferindo na produção hormonal normal dos ovários. Este bloqueio hormonal é o responsável por todos os efeitos colaterais e riscos associados às pílulas hormonais. Como o DIU hormonal atua diretamente no útero, não necessitando promover o bloqueio da ovulação e do funcionamento ovariano, ele necessita de uma quantidade infinitamente menor de hormônio liberado para ser eficaz. Em termos de comparação, a dose diária de anticoncepcional oral é, em média, 1000 vezes superior à dose diária liberada pelo DIU hormonal. Uma pílula anticoncepcional contém normalmente de 30 a 150 miligramas de progesterona e de 20 a 30 microgramas de estradiol, enquanto o DIU libera diariamente cerca de 0,01 miligramas apenas de progesterona (pois não contém estradiol em sua fórmula). Além desta dosagem hormonal infinitamente menor, o DIU hormonal tem ação quase exclusivamente intra-uterina, pois apenas 3% do hormônio liberado é absorvido pela corrente sanguínea, tornando-o praticamente isento de efeitos sistêmicos. Por isto o DIU hormonal não apresenta os riscos associados aos anticoncepcionais orais, principalmente em relação a trombose e distúrbios vasculares.