HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano.  O HPV é responsável pelo aparecimento das verrugas comuns da pele e pelas verrugas genitais, conhecidas também como condiloma acuminado ou crista de galo, e por lesões displásicas no colo do útero.

O que torna o HPV um problema sério de saúde pública é a sua capacidade de provocar alguns tipos de câncer. 99% dos cânceres de colo de útero, 93% dos cânceres de ânus, 60% dos cânceres da vulva e 50% dos cânceres de pênis e vagina estão relacionados à infecção pelo HPV.

A investigação diagnóstica da infecção latente pelo HPV, que ocorre na ausência de manifestações clínicas ou subclínicas, só pode atualmente ser realizada por meio de exames de biologia molecular, que mostram a presença do DNA do vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a simples presença do HPV, mas sim suas manifestações. O diagnóstico das verrugas ano-genitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico.

As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de aumentar sua visualização (lentes de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia).

O exame de colposcopia é realizado com equipamento similar à um microscópio. A mulher fica deitada em posição ginecológica e é introduzido em sua vagina um aparelho chamado de espéculo vaginal (mais conhecido como bico de pato), da mesma maneira como se realiza o exame de Papanicolau. Em seguida, o colposcópio é direcionado e posicionado para a abertura da vagina (não tem contato com ela) e é realizado um exame visual detalhado do colo do útero, vagina e vulva.

Durante esta inspeção, alguns liquidos são injetados no interior desses órgãos, a fim de auxiliar a visualização de anormalidades. Em caso positivo, um pouco do tecido afetado é retirado e enviado para biópsia.